9ªs Jornadas Científicas do ISCED-Luanda
Línguas africanas de Angola no contexto da globalização: um desafio para as Instituições de Ensino Superior de Angola
Pelo
Mbiavanga Fernando, M.A
Departamento de Línguas e Literaturas Africanas
ISCED de Luanda
Resumo
A áfrica tem cerca de 2092 línguas a que corresponde a 30% de todas línguas do mundo. A Europa tem perto de 239 línguas a que corresponde a 3,5% (da Silva 2010). Segundo Ethnologue, Angola possui mais de 41 línguas[1]. Apesar dessa riqueza linguística, a colonização impôs no continente, também, uma colonização linguística a partir das línguas de colonos (inglês, francês, português e espanhol). Essa imposição promoveu profundas transformações linguísticas e modificou a estrutura política, económica e social do continente, sobretudo após a Conferência do Berlim (1884-1885). Por outro lado, a globalização, um dos fenómenos mais marcantes do século XXI, ganhou força a partir da década de 80 em referência as aplicações financeiras e à circulação de capital em escala planetária. A circulação livre de capital para além das fronteiras nacionais, em busca de melhores condições financeiras, engendrou, posteriormente, a circulação de tecnologia e de informação. O acesso à informação passou a fazer parte dos critérios de avaliação do nível de desenvolvimento de um país. Entretanto, os cépticos consideram a globalização como processo de tornar o mundo unipolar, sob controlo das super potências e das suas multinacionais. A lógica é de que o mundo ao tornar uma aldeia global precisará de apenas poucas línguas (língua global) para nos comunicar. Esta comunicação aborda a questão do futuro das línguas africanas de Angola e do papel dos intelectuais e das Instituições de Ensino Superior de Angola na promoção/desenvolvimento dessas línguas e na integração das culturas nacionais no mundo globalizado.
Palavras-Chave: Línguas africanas de Angola, globalização, intelectuais angolanos, Ensino Superior de Angola
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